Sozinho... Ou não

Postado por Rafael em

Tenho algo a lhe dizer sobre... Sua pessoa. Não raramente você fica farto de ser afetado por outras pessoas. Talvez ainda não tenha notado, mas... Fica que eu sei.

Por exemplo, você gosta de alguém e fica feliz quando acontecem coisas legais com vocês! Sim, e por que não? Isso é bom, mas em contrapartida basta um tom de voz estranho, um sorriso não recebido ou um comentário desatencioso para que você fique chateado ou com alguma sensação estranha. E isso é ruim, não?

Foi retórica, mas... Sim, é desagradável. E quando este tipo de comportamento torna-se mais constante, vocês começam a se distanciar... E lá se vai mais uma ou um.

Com o tempo, talvez haja a possibilidade de reconciliação... Como qualquer pessoa que faz bom uso da razão, você se lembrará dos maus momentos e não criará laços com este alguém novamente, certo? Ah, engana-se camarada... Porque da forma mais irracional e estupidamente sentimental você começará a lembrar-se dos bons momentos, que já estavam turvos devido ao tempo ou algum bloqueio mental.

Então lá está você, extremamente feliz porque está bem com aquela pessoa novamente! Ah meu amigo, você não é tão racional quanto pensava, hein?

Mas quem pode culpá-lo? Se desta maneira você está mais feliz! Sim, muito feliz! Mas por quanto tempo? Não sabemos, não é? Não senhor, não sabemos...

Além da culpa que não pode recair sobre seus ombros, caro amigo, também não podem afirmar que goste de autoflagelação emocional! Mesmo porque, acabei de inventar este termo (e devo admitir que ele não soa muito bem). Mas não é só: o fato é que talvez seja essa sua natureza, sabe? Ficar triste, feliz, triste, feliz e assim indefinidamente...

Mas antes de começar uma revolução introspectiva de autopiedade, lembre-se disso: é assim com você, comigo e com quase todos que você conhece (quase todos porque talvez você conheça alguém em estado de coma ou algo do gênero).

Ah sim, e antes que me esqueça, o ponto mais importante: Nem sempre são os outros que falam em um tom estranho, que não sorriem ou que não dão importância a outra pessoa.

Em suma, autopiedade é coisa de bicha, você não é único e não está sozinho.